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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Carta de Encerramento da Greve

O FIM DE UMA ETAPA E O INÍCIO DE UM NOVO MOMENTO PARA O MOVIMENTO ESTUDANTIL DA UFES

O Movimento Estudantil da UFES deu no dia 27 de outubro um importante passo na luta por uma Universidade integralmente pública e responsável com seu corpo discente e a sociedade em geral.
Iniciamos um processo grevista altamente propositivo, em que problematizamos não só a posição dos/as bolsistas individualmente, mas o papel que cumprem para manutenção de uma Universidade com precárias políticas de assistência estudantil, de pesquisa e extensão.
Até hoje insistem em dizer que os programas de assistência e de bolsas para pesquisa e extensão (que são coisas bastante diferenciadas) da nossa Universidade são considerados programas-modelo. Modelos em que? Voltamos a dizer: a UFES utiliza como mão-de-obra superexplorada estudantes que não tem direitos sequer de estagiários/as, quanto mais trabalhistas. Atuam em áreas administrativas pela metade do tempo de um servidor técnico-administrativo e não ganham sequer um quinto do que recebe um servidor na mesma área desempenhando as mesmas funções.
Que política de assistência e de bolsas para pesquisa, extensão e ensino são essas?
Pois bem, chegamos a este dia 17 de novembro, 22 dias após a deflagração de greve com uma importante missão cumprida: a Administração Central da UFES declarou publicamente que mantém um sistema de bolsas falho. E mais: Se comprometeu a até o ano que vem corrigi-lo a partir da extinção das bolsas PAD e ampliação das bolsas de pesquisa, extensão e monitoria.
Na prática, veremos a quantidade de bolsas para monitoria, extensão e pesquisa quase dobrar, o que é um avanço fundamental que não teria sido possível sem o movimento.
Importante lembrar que antes de ser deflagrada a greve o discurso na Comissão de Bolsas instaurada pelo Conselho Universitário e na própria Reitoria era de que seria impossível aumentar o valor pago sem reduzir a quantidade global de estudantes que recebem bolsas. A intenção inicial da comissão era reformular as normas pertinentes aos programas, mas nunca extinguir o programa de bolsas administrativas (PAD).
Tudo isso mudou a partir da mobilização estudantil.
Conquistamos um aumento (ainda que aquém do necessário) sem a diminuição na quantidade de bolsas, o compromisso em encaminhar para a Comissão a liberação de estudantes em véspera de prova e para eventos estudantis (o que na prática é a conquista da pauta, já que a comissão é de ampla maioria da Administração Central) e uma questão importantíssima: a criação de uma comissão de estágio, que visa regulamentar as atividades de estágio dentro da Universidade (NPD, NPJ, Procuradoria, HUCAM etc.) de acordo com a Lei de Estágio.
É pouco perto do que pretendemos e queremos para a Universidade. Mas é o bastante para considerarmos esta etapa como vitoriosa e a finalizarmos com espírito de luta renovado.
Permaneceremos em estado de alerta, nos comunicando para que a reitoria não só cumpra o já prometido como no ano que vem rediscuta uma gama de questões que ainda ficaram pendentes e são para nós centrais. Por isso, a Reitoria terá que escolher, a partir de suas ações, se a greve diz “tchau” ou “até logo”. Estaremos vigilantes.
Exemplo disso é o direito a férias remuneradas. Neste semestre teremos, caso a Universidade permaneça intransigente, estudantes pagando para trabalhar. Ou seja, num período em que não há R.U. disponível e tampouco passe-escolar (meio-passe) à venda –  já que o SETPES limita ao período letivo a venda de passes –  estudantes serão obrigados/as a virem prestar serviços para a Universidade a troco de míseros R$300 (infelizmente necessários à subsistência de muitos/as), descontando disso R$4 ou R$4,30 por dia mais os possíveis gastos com alimentação. Sendo ainda que por enquanto os valores não serão elevados para R$360, já que o reajuste é previsto para janeiro. Desumano? Parece que não para nosso Reitor Rubens Rasseli.
Enfim, a conquista definitivamente não é plena, mas concordamos que esta etapa foi cumprida, denunciando amplamente a situação degradante em que estamos inseridos/as e cobrando postura imediata da Reitoria.
O próximo passo é acompanharmos ativamente a aprovação do novo regulamento das bolsas na UFES e no próximo período, caso não haja as mudanças necessárias ao andamento das atividades acadêmicas, nos comprometemos coletivamente em inaugurar uma nova etapa da nossa mobilização. Desta vez mais radicalizada e envolvendo toda a comunidade universitária, não só os/as bolsistas.
Retornaremos a partir de amanhã às atividades, encerrando por hora o movimento grevista, certos/as de que o processo aqui construído poderá dar muitos frutos para a construção de uma Universidade pública orientada às demandas sociais.
Agora temos que ao mesmo tempo comemorar as vitórias e articular intensamente nossa mobilização, que é e sempre será permanente.
Só a luta transforma.
Vitória, 17 de novembro de 2010
DCE-UFES
BOLSISTAS EM GREVE

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Encerra-se a greve. Permanece o movimento

Hoje foi decretado o encerramento desta etapa do nosso movimento. A partir de amanhã (18/11) retornaremos às atividades.

Conquistamos importantes avanços, insuficientes para dar jeito à situação precária em que estamos. Mas cremos que até o momento importante papel foi cumprido: de publicizar a situação em que estamos e de acabar com a superexploração do trabalho estudantil na UFES.

O fim das bolsas PAD está decretado. Com ele, inicia-se um amplo movimento, não visto há tempos no movimento estudantil.

Estamos em estado permanente de mobilização. E a qualquer momento retomaremos às manifestações que acreditarmos necessárias para a melhoria da UFES.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Resumo do dia e perspectivas para amanhã

Hoje o dia foi um tanto conturbado.

Primeiramente pela falta de mobilização, já que acabamos de sair de um feriado. E depois, pela ação da reitoria, que novamente quis descumprir acordo.

Como todos/as sabem, foi marcada uma reunião para hoje com o reitor. Qual não foi nossa surpresa quando descobrimos que a intenção da Administração Central era apenas nos remeter um documento (que segue abaixo) com posição sobre nossas reivindicações.

Insistimos na necessidade de reunião e conseguimos uma audiência com Rubens Rasseli.

Nela, o reitor deixou claro ser esta uma proposta da administração e que estão dispostos a ouvir a contra-proposta do movimento. Mas enfatizou ponto a ponto, insistindo nos "limites administrativos" que têm.

A resposta da reitoria a nossos pontos avança, sem dúvida. Se é o suficiente para terminarmos a greve, avaliaremos amanhã (17/11) às 12h em frente ao R.U., na nossa próxima Assembleia Geral.

4 pontos importantes a serem destacados no documento:

1) Consolida-se a posição de que haverá aumento geral (sem distinção de bolsa) sem diminuição da quantidade global, ao contrário do que já foi dito pelo Vice-Reitor, ventilado nas primeiras reuniões da comissão e pelos cantos da reitoria anteriormente à greve.

2) A substituição gradual das bolsas PAD passa a ser uma exigência imediata de substituição. Nossa intenção é que seja garantido aos atuais bolsistas PAD possibilidade de ingressarem em projetos de pesquisa e extensão que serão ampliados com a mudança nas bolsas.

3) Proposta de criação de uma Comissão de Estágio, para regulamentar o estágio dentro da UFES.

4) Liberação em véspera de prova e em eventos estudantis passa a ser uma indicação da reitoria à comissão de bolsas (na prática uma determinação a uma comissão com ampla maioria da administração).







Esperamos todos/as na ASSEMBLEIA GERAL DE AMANHÃ (17/11) 12h em frente ao RU-Goiabeiras!

Moção de apoio da UNE


TODO APOIO À LUTA DOS/AS ESTUDANTES DA UFES

Educação superior de qualidade passa por incentivo à pesquisa, ensino e extensão, pilares fundamentais da estrutura universitária e por assistência estudantil adequada, a fim de garantir a permanência do/a estudante nas instituições de educação superior até que conclua seus estudos.

Baseados nestes dois nortes gerais, estudantes bolsistas da UFES resolveram entrar em greve e reivindicar um conjunto de ações da administração central que compreendem ser necessário para uma Universidade sintonizada com os anseios sociais.

É necessário compreender, como demonstram os/as estudantes da UFES, que assistência estudantil não pode ser barganhada por trabalho superexplorado. Pesquisa e extensão também não podem ser utilizados como camuflagem para realização de serviços administrativos, próprios de servidores técnico-administrativos em educação.

Credenciando a luta travada dentro da Universidade Pública, a UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES manifesta total apoio ao movimento deflagrado na UFES e chama todo o movimento estudantil nacional a se juntar nas fileiras da luta por uma educação popular e de qualidade.

Rio de Janeiro, 16 de novembro de 2010

UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES

Moção de apoio da CONEP

Moção de Apoio da CONEP à Greve dos Bolsistas da UFES.
Avancemos Juntos Rumo à Vitória!

A Coordenação Nacional de Estudantes de Psicologia – CONEP –, entidade que articula as lutas estudantis da psicologia a nível nacional, visando à superação das desigualdades e à transformação de nossa sociedade, vem através desta manifestar seu total apoio às lutas travadas pelo movimento grevista dos estudantes bolsistas da Universidade Federal do Espírito Santo. Desde o dia 27 de Outubro deste ano, as companheiras e os companheiros da UFES estão mobilizados, enfrentando com ousadia e radicalidade as tentativas de intimidação e desarticulação da administração central da Universidade, e mostrando que estudantes que se organizam em luta devem ser temidos por quem ousa lhes negar seus direitos.
Está entre nossas bandeiras “construir e defender a Universidade pública, gratuita, laica e de qualidade, realmente preocupada com políticas de permanência, expansão de qualidade, em um programa político pedagógico voltado para as necessidades da classe trabalhadora e não somente para o mercado de trabalho”. Assim sendo, entendemos que os bolsistas em greve da UFES e nós da Coordenação Nacional de Estudantes de Psicologia estamos do mesmo lado na luta pela superação das opressões classistas que nos tolhem o direito de sermos plenamente humanos, opressões essas que a Universidade brasileira também deveria buscar superar. Portanto enfrentar as condições de precarização e hiper-exploração dos estudantes indevidamente utilizados para substituir servidores públicos, com seus direitos tolhidos, bolsas de baixíssimo valor, desvios de função, casos inúmeros de assédio moral, falta de investimentos em pesquisa e extensão, é buscar a universidade que queremos, comprometida com a classe trabalhadora de nosso país, e com a dignidade que nosso atual sistema nos nega.
Avancemos nas lutas camaradas! A vitória de vocês é a nossa vitória, e a de todo o movimento estudantil brasileiro! E que eles tenham pesadelos e fiquem cada vez mais sem sono, mas agora é a hora de o movimento estudantil colecionar vitórias e mais vitórias em seu empreendimento de transformação social.
Nossa vitória não será por acidente!
Aprovada pelo Conselho Nacional de Estudantes de Psicologia – CONEPSI Salvador.
Salvador, 15 de novembro de 2010.

sábado, 13 de novembro de 2010

Moção de apoio da ENEFi

Executiva Nacional de Estudantes de Fisioterapia
Carta de Apoio à greve dos estudantes bolsistas da UFES
A Executiva Nacional dos Estudantes de Fisioterapia (ENEFi) se manifesta a favor da greve dos/as estudantes bolsistas da UFES. Entendendo que a universidade no que se refere às bolsas vinculadas diretamente à educação, não se faz mais do que seu papel, e na prática não o cumpre, usando o/a estudante como uma mão de obra barata para desempenhar, a função de servidores/as contratados/as, sendo que cumprem funções administrativas, quando deveria ser um estágio de caráter pedagógico, onde o objetivo maior é o aprendizado e a convivência do/a estudante com a rotina da área trabalhada.
E é por isso e outros motivos que a ENEFi, apóia incondicional e irrestritamente a greve dos bolsistas da Universidade Federal do Espírito Santo.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Terça é o Dia D!

Atenção bolsistas: Terça-feira é o dia da reunião da coordenação do movimento com a Reitoria.

Nessa reunião a Administração Central se comprometeu a apresentar uma proposta concreta de termo de negociação. Decidiremos se aceitamos e veremos no que se pode avançar mais.

Daí, duas decisões podem ser tomadas por nós grevistas: Ou finalizamos a greve, partindo do acordo firmado com o reitor ou a intensificamos, se o acordo proposto for insuficiente ou inexistir.

Para isso, foi definido o seguinte plano de ação:

Terça (16/11) à partir de 12h: Vigília permanente no DCE. Ficaremos por lá até o final da reunião, para debatermos coletivamente e, se necessário, realizaremos mobilizações-relâmpago.

Neste dia (terça) é fundamental ter a mais ampla paralisação. Aqueles setores que estão em "operação tartaruga" (revezamento de bolsistas por serem atividades de risco), devem paralisar por completo.

Quarta (17/11) 12h em frente ao RU-Goiabeiras: Assembleia da Greve. Avaliaremos a reunião de negociação e definiremos os próximos passos ou, se a negociação for vitoriosa, o passo final da greve.

Até a vitória!

Moção de apoio da EXNEEF


EXECUTIVA NACIONAL DE ESTUDANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Carta de apoio a greve dos estudantes da UFES
A Executiva Nacional de Estudantes de Educação Física (ExNEEF) se manifesta a favor da greve dos bolsistas da UFES. Acreditamos que a luta dos estudantes da UFES é legítima, pois se trata de um problema que afeta não só os alunos dessa universidade, que é a permanência estudantil. As bolsas de auxilio para muitos, são a forma de se manter no curso e a universidade pública deve oferecer condições mínimas para que o aluno se mantenha.
É inaceitável que o estudante que recebe a bolsa auxilio seja utilizado como mão de obra barata para realizar funções administrativas dentro da própria universidade. Sabemos que essa situação é reflexo de anos e anos de implementação do projeto neoliberal para educação que sucateam a universidade publica.
Por acreditarmos que só a luta é capaz de alterar a realidade imposta, apoiamos a manifestação dos alunos da UFES.
            EXECUTIVA NACIONAL DE ESTUDANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA - Gestão 2010 / 2011
Av. Prof. Melo de Morais, 65 - Cidade Universitária / CEP: 05508-030 - São Paulo - SP

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mais um dia de luta e de conquista!

Hoje o movimento grevista fez um ato na reitoria, cobrando posicionamento formal sobre as ameaças de corte nas bolsas de grevistas.

Às 16:30, após mais de duas horas de negociação, conquistamos uma importante vitória: Um documento assinado pelo Reitor em exercício, Prof. Armando Biondo (o reitor, o vice e o primeiro decano estavam ausentes). Lembrando que no momento da assinatura do documento estava presente o Pró-Reitor de Planejamento, Pezzopane, que é o representante da reitoria na comissão de negociação e na comissão de bolsas do Conselho Universitário.

Veja o documento:



Contamos com a ampla divulgação, pois sabemos que há quem deixa de participar do movimento por receio de não receber sua bolsa.

"ô o bolsista, não tenha medo não. A nossa luta é contra a precarização"

Na terça-feira, dia 16, em horário ainda indefinido, haverá reunião da comissão de negociação com o reitor. Permaneceremos em vigília permanente no DCE por todo o dia. Na quarta (17/11) às 12h em frente ao RU-Goiabeiras haverá uma plenária de bolsistas para definir os rumos do movimento.

Participe dos espaços do movimento!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A greve em Maruípe

Hoje aconteceu uma assembleia no campus Maruípe - CCS - para divulgar amplamente a greve e organizar os/as estudantes para passar nos locais de "trabalho" dos/as bolsistas.

Às 12:30, após uma hora de panfletagem intensa (com muitos/as pegando adesivos, colando cartazes e confirmando presença nas manifestações) a assembleia foi iniciada e às 13h foi realizado um mutirão para convidar bolsistas que ainda trabalham a aderirem a greve.

A iniciativa foi um sucesso. Deu pra perceber que grande parte já estava parada, o que foi de certa forma uma surpresa para o movimento, já que a greve foi deflagrada em Goiabeiras e havia dúvidas se teria abrangência suficiente para atingir Maruípe.

Pois bem: Atingiu. E depois de hoje, temos certeza de que atingiu amplamente. A UFES, dia-a-dia se torna mais grevista. Só assim, se tornará num futuro muito próximo, mais humanizadora com seus/suas estudantes.

Não se esqueçam: Amanhã 13:30: ATO. Concentração em frente ao RU-Goiabeiras !!!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Fotos da Greve

Algumas fotos da Greve já estão em nosso Álbum no Picasa:
http://migre.me/26PL5

A Luta continua!

DCE UFPB: Todo apoio à greve dos bolsistas na UFES!

DCE UFPB: Todo apoio à greve dos bolsistas na UFES!: "Em sua última reunião ordinária, o DCE UFPB aprovou uma moção de apoio à luta dos bolsistas na UFES, que se encontram em greve pela defesa d..."

Dia de luta!

Hoje o dia foi cheio. Plenária de 12h decidiu por permanecer em greve, com indicativo de rediscutirmos para terça que vem (16/11), data da reunião com o reitor, os rumos do movimento.

Foi então debatida a necessidade de uma imediata mobilização (contando com a quantidade significativa de pessoas presentes à plenária). Fomos à PROGRAD, onde paramos as atividades do setor por toda a tarde, como forma de pressão.

Durante a manifestação fomos convidados para uma reunião com o reitor em exercício (vice-reitor), Reinaldo Centoducatte. Nesta reunião uma surpresa: A reitoria disse não reconhecer pontos expostos na reunião de ontem (08/11) como por exemplo o possível aumento para R$360. O vice-reitor disse que na verdade a proposta é aumentar somente as bolsas de pesquisa e extensão e não as bolsas PAD (administrativas). Mas que irão avaliar se há possibildade de aumento geral.

Fizemos então, após a reunião, uma plenária do movimento em que ficou decidida a necessidade imediata de, além de reestabelecer completamente a greve, fazer um ato na QUINTA, 11 de novembro, às 13:30 em frente ao RU (concentração).

Assim, amanhã estaremos mobilizando para a atividade de quinta, além de passar nos "postos de trabalho" convidando os bolsistas que ainda não aderiram à greve a se juntarem principalmente nesta reta de negociação.

Agregado a isso, amanhã haverá uma assembleia no CCS (Campus Maruípe) às 12h para debater a questão das bolsas, com um indicativo de ato após a assembleia.

Para participar dos diversos focos de mobilização amanhã (10/11), programe-se:

8h no DCE - Concentração para passagem
11:30 no CCS (Campus Maruípe) - Assembleia
13h em frente ao RU - Concentração para passagem
18h no DCE - Concentração para passagem

E na QUINTA (11/11), às 13:30 em frente ao RU: ATO !

Negociação iniciada!

Ontem às 17h foi feita a primeira reunião da coordenação da greve com a reitoria. Estavam presentes 11 estudantes, 2 pró-reitores (ProAd e ProPlan) e o jornalista da UFES.

Inicialmente foram relatados as políticas já adotadas pela Universidade, tal como a discussão na comissão de bolsas do Conselho Universitário, da progressiva substituição das bolsas PAD por bolsas de outra natureza.

Também foi expressa a possibilidade de se aumentar o valor das bolsas para R$360. Os demais pontos, no geral, foram abordados de maneira generalista, não sendo apresentada disposição da Universidade em solucioná-los o quanto antes.

Após isso, a coordenação da greve fez uma ampla análise sobre a situação dos/as bolsistas. Tocamos nas reivindicações centrais, deixando claro que não ternimaremos o movimento se não houver indicativo concreto (por meio de termo assinado pelo reitor) para solução das bandeiras apresentadas.

Importante salientar que a reunião havia sido marcada entre a coordenação e o reitor, que de última hora não apareceu. Por mais que haja legimidade dos pró-reitores em apresentarem a posição institucional, o não-comparecimento injustificado do Prof. Rubens Sérgio Rasseli, reitor da nossa Universidade, é no mínimo desrespeitoso. Afinal, o movimento grevista foi iniciado na semana retrasada e somente agora a Administração Central inicia um processo de negociação, sem a presença do próprio reitor e sem sequer apresentar proposta concreta para a resolução dos problemas.

Foi assim, agendada uma reunião para o dia 16 de novembro, ainda sem horário definido. Espera-se (conforme prometido pela Universidade) que o reitor lá esteja com um plano que contemple de fato os/as estudantes da UFES.

Um importante detalhe: A Universidade a todo momento transparece que faz favor à comunidade acadêmica ao ampliar e manter o atual programa de bolsas. No que se refere às bolsas vinculadas diretamente à educação, não se faz mais do que seu papel. Já em relação às bolsas administrativas, demonstram sua disposição em continuar precarizando os serviços e o trabalho nos campi através da utilização de mão-de-obra dos/as estudantes. Ou seja, com isso economizam recursos a custo da qualidade do ensino do/a estudante bolsista.
Que tudo isso fique nítido para não mais haver hipocrisia no discurso da Administração Central.

Saudações grevistas!

Vídeo de Piquete na PROGRAD

http://www.youtube.com/watch?v=WIW_OO2JCN0

Moção de apoio do "Comitê RU para todos" - UFAL

MOÇÃO DE APOIO AOS BOLSISTAS EM GREVE NA UFES

O sistema de fornecimento de bolsas nas instituições públicas de ensino deveria servir como insentivo material a permanencia do estudante na prática acadêmica, ou seja, deveria operar no sentido de garantir que os estudantes desprovidos de aporte financeiro fossem auxialados por verba pública para suprir suas necessidades básicas, como moradia, alimentação, livros, etc.

Acontece que, na prática cotidiana de longa data, as bolsas estudantis foram transformadas em oportunidade da administração da instituição explorar mão-de-obra provisória ao invés de contratar servidor de forma definitiva, e os bolsistas acabaram transformados em funcionários sem nenhuma garantia trabalhista, exercendo atividades burocráticas de forma extremamente precarizada, e tendo de suportar os mais diversos ataques psiquicos e morais no ambiente de trabalho, quando deveriam estar fazendo pesquisa e extenção.

Reconhecemos que o sistema de bolsas integra a política de assitência estudantil, contudo, a razão desta não deve ser buscada de forma isolada dentro das decisões tomadas pela universidade, mas sim, entendida enquanto formadora de uma conjualntura nacional, onde a postura do governo federal é de deferir constantes ataques à universidade pública, a exemplo do Reuni, SINAES, SISU, entre outros projetos constantes da chamada  reforma universitária.

Por isso, o Comitê “R.U. para todos”, criado dentro do processo de luta que os estudantes da  Univerisidade Federal de Alagoas estão construindo, vem prestar seu  total e irrestrito apoio à GREVE dos(as) bolsistas desencadeada na Universidade Federal do Espírito Santo. Que esse ato de rebeldia e coragem sirva de combustível para outras mobilizações inflamarem pelo mundo.

Moção de apoio do PAR-UFPR

MOÇÃO DE APOIO AOS ESTUDANTES BOLSISTAS EM GREVE NA UFES

De modo geral, todos os programas de estágio para universitários devem seguir uma diretriz de auxiliar o estudante, não só financeiramente, com uma bolsa-auxílio para que não haja necessidade de um emprego efetivo que sobrepuje as tarefas acadêmicas, mas também pedagogicamente, dando oportunidade de aprendizado prático, útil e compatível com a formação do estagiário. Inclusive, neste sentido, há dois anos se promulgou lei federal (nº 11.788/2008) disciplinando este regime não como mero instituto trabalhista de menor nível, com menos direitos e garantias, mas funcionalizado a partir de uma principal e imprescindível função de complementação pedagógica. Infelizmente, no contexto da precarização das relações de trabalho, o que se constata é a transformação da função de estagiário para a de “escraviário”, mesmo com a legislação dispondo de maneira diversa.  

No setor público, principalmente nas universidades públicas, é inadmissível a construção pedagógica não ser considerada. Do Poder Público se erradica qualquer possibilidade de pautar bolsas estudantis por lucro em face de uma exploração psíquica/física. Garantias e direitos trabalhistas individuais não devem ser somente protegidas, mas capitaneadas por qualquer instituição vinculada ao Estado. O ponto de partida não é mercantil, mas de proteção à dignidade.

Neste sentido, chama atenção a absurda situação à qual estão sendo submetidos os bolsistas na Universidade Federal do Espírito Santo. O pagamento de bolsa no valor de R$ 300,00 é  notadamente insuficiente para fazer frente às despesas imperativas de livros, textos, alimentação, moradia e transporte. A quantia não corresponde ao necessário para manter um estudante na Universidade, efetivamente cumprindo com suas obrigações de estudo, pesquisa e extensão. Tampouco as atividades desempenhadas, em completa ausência de garantias, revelam-se burocráticas, desconectadas de qualquer complemento curricular e evidenciando mera substituição de servidores efetivos em busca de economizar recursos.
 
O Partido Acadêmico Renovador, grupo político formado por estudantes de Direito da Universidade Federal do Paraná, manifesta seu total e irrestrito apoio à greve dos bolsistas desencadeada na UFES. As condições impostas àqueles que recebem as bolsas estudantis invocam o mais extenso direito de revolta e protesto enquanto não se tornarem minimamente razoáveis, primando por verdadeiros proteção e incentivo aos acadêmicos.
Curitiba, 06 de novembro de 2010

Moção de apoio da FENED


MOÇÃO DE APOIO À GREVE DE BOLSISTAS DA UFES

Neste período de desarticulação da mobilização popular, nada mais gratificante do que ver parcela do movimento social fazendo a luta concreta no seio da Universidade, fundamental polo de poder da sociedade. A luta dos/as estudantes da UFES contra a superexploração a que são submetidos deve, assim, ser considerada exemplo para todo o Movimento Estudantil Nacional.
Por todo o país estudantes prestam serviços idênticos ao de trabalhadores celetistas e estatutários, enquanto seus patrões utilizam a camuflagem do estágio para deixar de pagar direitos. O caso de estudantes universitários como os da UFES é ainda mais gritante: sequer são considerados/as estagiários/as, e seu “patrão” é o próprio governo federa.

A Federação Nacional de Estudantes de Direito manifesta total apoio a esta greve – greve sim, já que são submetidos de fato a trabalho, portanto detentores de direito à greve – mais do que legítima, necessária para a transformação nas relações de educação e trabalho dentro da Universidade Pública.

Brasília, 03 de novembro de 2010

COORDENAÇÃO NACIONAL DE ESTUDANTES DE DIREITO
FENED

Moção de apoio do CCA (Conselho de CA's) da USP

Moção de Apoio a Greve d@s Estudantes Bolsitas da UFES

O Conselho de Centros Acadêmicos (CCA) da Universidade de São Paulo (USP) reunido em 06 de Novembro de 2010 apoia a greve dos estudantes bolsistas da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Entendemos que tod@s @s estudantes tem direito a condições dignas de permanência estudantil. Somos contra a atual condição imposta pela UFES na qual o estudante trabalha em troca da bolsa permanência no valor de R$300, trabalho que exige muitas vezes que @s estudantes trabalhe aos sábados e em período de recesso escolar e ainda tenha que arcar com a sua alimentação e transporte. A permanência estudantil é um direito d@ estudante e que não deve ser dado mediante realização de trabalho.

Permanência Estudantil é um direito d@ estudante e nós lutamos por isso!

São Paulo, 06 de Novembro de 2010.
DCE Livre da USP – Alexandre Vannucchi Leme
CAMAT
CAASO
CAOB
CAER
CARB
CEUPES
CALC
CA XXXI Outubro
CAFB
CAPPF
CAHIS
CAII
CAF
CA XXV Março
CALQ
CAVC
DCEAgro
CAOC
GUIMA
CEGE
SAPA
SAAERO
CAHS
CAFi
CABIO
GFAU

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Situação da Greve - Amanhã tem ATO!

Estudantes, bolsistas e apoiadores, nos encaminhamos para o final de nossa segunda semana em Greve. Uma Greve que, finalmente, está surtindo efeito.
Indicamos o novo nome do representante estudantil na comissão de bolsas na semana passada, e, logo na primeira reunião, a Reitoria sinalizou que está disposta a começar a negociar. Nessa reunião, indicaram algumas mudanças para o próximo ano, como aumento do valor das bolsas para R$360; regulamentação das bolsas PAD; diminuição paulatina das mesmas e aumento proporcional das de Pesquisa, Extensão e Monitoria. É bom lembrar que, nesta comissão, não há paridade entre funcionários e estudantes (só temos um representante) e que, com isso, não há possibilidade real de conseguirmos atingir nossas reivindicações apenas por meio dela. Precisamos, sim, participar de suas negociações, mas não podemos nos enganar e acreditar que tudo será resolvido por elas, e, com isso, perder a pressão política obtida por nossa Greve.

Outra manifestação de progresso obtido por nossa Greve foi a reunião que aconteceu hoje, às 17h, entre Grevistas e a Reitoria, sinalizando a abertura das negociações.
Então, para manter nossa chama acesa e fazer pressão para que as reais negociações comecem a andar efetivamente, convocamos para o nosso ATO, AMANHÃ. Vamos nos concentrar às 12h, em frente ao RU, para, dali, após nossa habitual assembléia, partirmos para a nossa manifestação!

É bom frisar que essa manifestação de amanhã será de vital importância para o nosso movimento, já que este se encaminha para o final. Um final que, se depender de nossas forças, será feliz para nós, manifestantes.

À LUTA!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Desmistificando esse troço de greve

Greve é, nada mais, nada menos, que a paralisação coletiva e voluntária de uma categoria, interrompendo, assim, suas atividades, remuneradas ou não, como protesto a algo e/ou com o intuito de alcançar benefícios, tais como aumento salarial, melhorias em condições de trabalho, evitar a perda de benefícios. Sobretudo, a greve é um direito fundamental garantido na Constituição Brasileira – “art. 9º: É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.” e torna-se um instrumento utilizado para viabilizar outros direitos, além de possibilitar a negociação coletiva dos direitos laborais.

Por onde o movimento grevista dos bolsistas da Ufes passa encontra apoio e mais e mais adeptos/as. Vários/as bolsistas de diversos setores, em especial dos adminstrativos,  já deram um basta e paralisaram suas atividades. Contudo, há um discurso, de claro viés conservador, propagando por aí que os/as bolsistas não podem entrar em greve, pois não são trabalhadores, que legalmente não está prevista tal situação, blá, blá, blá. Cuidado, estão explicando para confundir!

Afinal, são as mudanças legislativas que mudam a sociedade ou são as mudanças sociais que exigem e acarretam mudanças nas legislações? O direito a greve foi regulamentado, tornando-se também um fato jurídico, somente por causa da mobilização do trabalhador e das intensas pressões que esse fato social ocasionou. Ou seja, nosso movimento grevista é uma manifestação estudantil legítima, sim, e criamos tal fato para propiciar a abertura das negociações com a Reitoria, para pleitear melhores condições de permanência do estudante na universidade e mudanças substanciais na situação instaurada. É uma forma de pressionar aqueles que tem o poder de alterá-la, já que o diálogo se mostrou insuficiente, e também uma forma fazer a Ufes sentir a nossa insatisfação e o poder transformador do movimento estudantil. Não devemos esmorecer. Portanto, internalizar a idéia de ilegitimidade do nosso movimento grevista é destruir a possibilidade de alterar a política de permanência e assistência estudantil adotada pela Administração Central da universidade - essa que criticamos.

Vale lembrar que o orçamento de nossa universidade para 2011 é preparado até o final de 2010, e, dessa forma, se não pressionarmos a Reitoria nesse momento, iremos perder a chance de logo em 2011 conseguirmos o reajuste da bolsa!

Para aqueles que insistem em dizer que as/os bolsistas em nada se parecem com as/os trabalhadoras/es, vejamos: há bolsistas em nossa universidade que realizam as mesmas funções que um servidor técnico administrativo (porém aqueles/as recebem R$ 3,75 por hora trabalhada, sendo que este receberá... cerca de 3 vezes mais); ainda, em caso de falta ou atraso, as/os bolsistas, devem repor essas horas; às vezes fazem hora extra; tendem a se afastar, em seu posto de trabalho, de atividades que enriqueçam sua graduação; além de ter que, em algumas situações, adequar seus estudos ao trabalho; há as/os que trabalham aos sábados; as/os bolsistas não recebem vale-transporte e pagam sua alimentação no RU; não têm férias, e nem ao menos recebem por elas; algumas vezes chegam a exercem trabalho braçal; por vezes tem uma carga de trabalho muito grande; alguns exercem em alguns setores da universidade um trabalho de alta responsabilidade, complexidade ou vital para a universidade. Tudo isso por um ordenado de R$ 300. Realmente não se parecem com um trabalhador dotado de direitos. Assemelham-se, na verdade, a um trabalhador explorado e precarizado!

Outro discurso que não podemos internalizar é o “a culpa é da greve”. Há os que andam dizendo que nossa greve prejudicará a nós mesmos e ao funcionamento da universidade. Ora, não é nossa a culpa se a universidade prefere precarizar o trabalho, se prefere delegar aos bolsistas atividades vitais à universidade e se os sobrecarregam como formas de reduzir gastos – assim, ter dois bolsistas que ganharão cada um 300 reais no lugar de um um servidor técnico administrativo que ganhará o 6 vezes esse valor é bem mais vantajoso. Isso é mais uma prova do cenário caótico que a universidade vem fomentando. As/os estudantes, a universidade e a sociedade já estão sendo prejudicadas com esse tipo de política de “assistência” faz tempo.

Agora pergunto: devemos esperar a boa vontade da Reitoria de aumentar as bolsas e atentar-se à questão da assistência estudantil ou devemos engrossar a massa grevista e dar força ao movimento por melhores condições de permanência na Ufes?

Não é errado reagir a essa precarização! O Movimento Estudantil deve se organizar em torno da luta por melhores condições de permanência na Ufes.

“Ô, ô, Bolsista, não tenha medo, não. A nossa luta é contra a precarização”!  Então, “vem, vem pra luta, vem”! Faço, aqui, coro a essas palavras de ordem. E peço, mais uma vez, para não esmorecermos diante de coações e pressões de qualquer espécie. Caso isso ocorra, não se intimide e comunique à coordenação da greve, ao DCE, ou a algum estudante para que o movimento grevista responda à altura!

Estudantes, somente com nossa movimentação conseguiremos transformar a Ufes em um espaço mais democrático, no qual não haja exploração do/a estudante através de “bolsas de assistência”, no qual o trabalho sirva de acúmulo para a vida acadêmica e no qual exista mais bolsas para pesquisa e extensão e no qual se busque o aperfeiçoamento da política de assistência estudantil.